quinta-feira, junho 30, 2011

Uma Manhã de Domingo na Companhia das Árvores de Lisboa


A associação Árvores de Portugal organiza, em parceria com a Loja de História Natural, uma visita às árvores de alguns parques e jardins da capital, no próximo dia 10 de Julho (Domingo). A actividade terá início às 9h e 30 minutos no Jardim Braamcamp Freire (Campo dos Mártires), estando o ponto de encontro programado para a parte superior do dito jardim, à sombra da grande bela-sombra do topo Norte do jardim, entre o campo de jogos e o parque infantil (em frente ao número 102 do Campo dos Mártires da Pátria).

A visita é gratuita e terá como guia Rui Pedro Lérias, biólogo com experiência na divulgação do património botânico de Lisboa.


O percurso começará no Jardim do Campo dos Mártires e seguirá até ao Jardim do Príncipe Real, passando pela Avenida da Liberdade e pela Praça da Alegria. Estes espaços incluem um grande número de árvores monumentais e classificadas, algumas desde a década de 1940. Esta é uma oportunidade de ficar a conhecer melhor estas amigas por quem tantas pessoas passam todos os dias.

No final da visita, está programado um almoço convívio com todos os participantes, num restaurante perto do Jardim do Príncipe Real. Será uma excelente oportunidade para nos conhecermos melhor, num ambiente informal, e podermos discutir assuntos relacionados com as árvores e jardins do nosso país ou sobre o funcionamento da nossa associação, o trabalho realizado até ao momento e projectos para o futuro. No entanto, gostaríamos de sublinhar que a participação na visita não implica a obrigatoriedade de participar no dito almoço.

Uma vez que será necessário um mínimo de 15 inscrições para se poder reservar o espaço, as inscrições para o almoço deverão ser feitas, impreterivelmente, até à Quarta-feira anterior, dia 6 de Julho de 2011.
Esta inscrição no almoço inclui a obrigatoriedade de efectuar o respectivo pré-pagamento, no valor de 12,50 €. Este pagamento poderá ser feito por transferência bancária para a conta da Associação Árvores de Portugal no Banco Português de Investimentos (BPI) [NIB:0010 0000 44175960001 91] ou directamente na Loja de História Natural (Rua do Monte Olivete, 40 – Junto ao Jardim Botânico da Universidade de Lisboa).

Contando com a vossa participação, pedimos que nos façam chegar as vossas inscrições, com a brevidade possível, através da nossa página de contacto; na mensagem deverão, obrigatoriamente, mencionar os seguintes dados:
- Nome;
- Caso pretendam, adicionalmente, participar no almoço, deverão mencionar se farão o pagamento através de transferência bancária ou directamente na Loja de História Natural.

Contamos com todos vós! Vemo-nos no dia 10 de Julho…

(Fotografia da autoria de Miguel Rodrigues.)

Adenda: A visita realiza-se independentemente do número de inscrições e condições meteorológicas. Relativamente ao almoço, no caso de não ser atingido o número mínimo de participantes, o dinheiro das pessoas que tiverem pago será devolvido com a máxima brevidade.

quarta-feira, junho 29, 2011

Um imenso disparate

Fonte da imagem: Facebook - Parque Infantil da Mata Municipal


Esta imagem é mais uma, a adicionar às imagens de árvores decepadas nas escolas portuguesas, que ajudam a explicar a dendrofobia nacional: ela é-nos incutida desde pequeninos!

Como se já não fosse infâmia suficiente este vandalismo ambiental ser pago com o dinheiro dos nossos impostos, o mesmo ainda é "justificado" como sendo feito a bem da segurança das pessoas. Desculpem, a bem da segurança das pessoas?!

Recomendo à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), entidade responsável pela fiscalização destes espaços, que invista em livros sobre manutenção de árvores ornamentais. Os técnicos da ASAE não precisarão de muitos minutos de leitura, para descobrir que as árvores roladas, como as deste parque de Vila Viçosa, representam um risco acrescido para os seus frequentadores, por darem origem a rebentos de inserção mais frágil e, por isso, menos resistentes. Acresce o facto de originaram infecções que contribuem igualmente para debilitar as árvores.

Porém, após anos e anos de denúncia destas práticas de terrorismo arbóreo, mais próprias de países do terceiro-mundo, há ainda quem insista, contra todas as evidências científicas, em elogiá-las. Basta para tal acederem à página de onde retirei a fotografia para poderem ler comentários como estes:

"Está lindissimo! E as árvores desbastadas, têm imensas folhas verdes ;)"
"... as árvores, plantas, precisam ser podadas para fortalecerem, no caso dos plátanos o problema poderá surgir se forem mal podados pq pode originar o aparecimento de fungos, não me parece que seja o caso,uma vez que as árvores já têm folhas verdinhas."
"Não as cortaram como eu pensava que ia acontecer , podaram nas porque dizem os entendidos que era mesmo necessário e realmente estou a gostar como as folhas estão a brotar, sãs e saudaveis . As árvores tambem precisam de ser cuidadas e tratradas.

De pouco ou nada vale a ciência contra os "mitos urbanos". Podar faz bem ás árvores porque lhes dá força! Que todos os entendidos na manutenção de árvores ornamentais digam que isso é um imenso disparate, de nada vale contra anos e anos de ódio às árvores.

Os portugueses gostam é disto, de tocos com umas "folhas verdinhas"...

Temos a sombra que merecemos nas nossas vilas e cidades. Um povo triste e inculto, que despreza a beleza da árvore, não merece mais!