segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Os sobreiros da Juliana


A Cova da Beira corresponde ao território ocupado pela bacia hidrográfica do Zêzere e seus afluentes, entre as serras da Estrela e da Gardunha.

São terrenos onde o carvalho-negral (Quercus pyrenaica Willd.) e o sobreiro (Quercus suber L.) disputam a dominância em pequenos bosques que rodeiam campos agrícolas e algumas pastagens.
É neste espaço de terras férteis que se situa a quinta da minha amiga Juliana, conhecida como Prado, ali para os lados do Fundão (na freguesia da Fatela).


E se ontem falei desta quinta como o destino de muitas das minhas sementeiras, hoje vou falar dela pelo conjunto de sobreiros monumentais que nela podemos encontrar.

Em parte pela fertilidade destas terras e a abundância de água, em parte por nunca terem sofrido as podas que as condenam a árvores raquíticas (como vemos tão frequentemente nos montados a sul do Tejo), estes sobreiros respiram vitalidade e possuem dimensões invulgares. Sobretudo porque, como referi atrás, em várias zonas do nosso país existe o hábito de podar os sobreiros, o que origina o típico perfil destas árvores tão característico das planícies alentejanas.

É um conjunto de sobreiros notável que merece ser preservado, sendo que para breve ficou marcada nova visita para traduzir em números a grandiosidade destas árvores; em particular dos sobreiros representados nas duas últimas fotografias que, mesmo com a pouca fiabilidade do "olhómetro", me parecem superar os 15 metros de altura. (Nota: recorde-se que esta espécie atinge vulgarmente alturas entre os 10 e os 15 metros, podendo excepcionalmente alcançar os 25 metros).

















Sem comentários: