quinta-feira, janeiro 31, 2008

Retratos do Portugal que odeia as árvores

Orjais (Covilhã)


Felgueiras



Felgueiras

Fotografias dos leitores e amigos: Albano Matos (primeira foto) e Nelson Lima (segunda e terceira fotos). Obrigado a ambos pela partilha das imagens.


quarta-feira, janeiro 30, 2008

A oliveira do Manuel



O Manuel chama-lhe carinhosamente a oliveira da burra; supostamente, era no interior desta oliveira (Olea europaea L.) que um almocreve procurava abrigo nocturno, deixando a burra presa à mesma.


Sem desprimor para o dito almocreve, esta bem que merece ser a oliveira do Manuel. Pois almocreve algum lhe terá tido o amor e o carinho que se vê no olhar do Manuel quando fala da sua árvore...


E motivos para a admirar não faltam!





Esta oliveira que por comparação com outros exemplares classificados (como estas e esta), deverá pertencer à elite das milenares, situa-se na quinta do Manuel no sítio de Torres e Cercas (arredores de Silves).

Como outras árvores de vetusta idade, há algo de sagrado nesta oliveira que nos remete ao silêncio. E algo que me impressionou e emocionou acima de tudo: o cheiro que dela se desprende é algo de indescritivelmente belo e inebriante; não há palavras que o descrevam...

E agora, este monumento natural em números:

Altura: 6,5 metros

Perímetro à altura do peito (P.A.P.): 6,60 metros (8,13 metros*)

Maior diâmetro da copa: 7,70 metros

* O primeiro valor do P.A.P. refere-se apenas ao "tronco principal" da oliveira, enquanto o segundo valor inclui um rebentamento que parte da base do tronco principal (visível à direita na fotografia sob este texto).


P.S. - Regresso ao "almocreve" que referi no início deste texto, que de tanto pernoitar no interior desta oliveira, acabou por lhe imprimir o seu rosto...

terça-feira, janeiro 29, 2008

Virou moda?

A praga das "oliveiras-lulu"

A Manuela baptizou-as, e bem, com o nome de "oliveiras-lulu". Mais tarde, manifestei a minha preocupação pelo alastrar deste tipo de "poda artística" no concelho de Silves, ao encontrar mais exemplares no Algoz.

Este fim-de-semana deparei com o alastrar deste fenómeno a um jardim particular da cidade de Silves.

Será que esta triste moda veio para ficar? Ficará contida nos limites deste concelho algarvio ou corremos o risco de a ver propagar ao restante território nacional?

P.S. - Amanhã e como forma de compensar os leitores, prometo "revelar" uma soberba oliveira!

Os carvalhos e a Matemática

Aldeia de João Bragal de Baixo (Guarda) - Em primeiro plano, jovens exemplares de carvalho-negral (Quercus pyrenaica Willd.)

Uma iniciativa do Departamento de Matemática da Universidade da Beira Interior denominada Carpe Mat, visa estimular o gosto dos mais novos pela disciplina de Matemática.

O desafio actual é particularmente interessante para a Sombra Verde, pois envolve um hipotético problema relacionado com a reflorestação de um terreno na Serra da Estrela.
Este desafio destina-se aos alunos do 3º Ciclo das escolas dos distritos de Castelo Branco e Guarda - podem consultar aqui o regulamento.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

O sobreiro dos Canhestros (revisitado)

Sobreiro (Quercus suber L.) classificado dos Canhestros (Silves)


Num Domingo de quase Primavera, rodeados por amendoeiras em flor e laranjeiras reluzentes, regressámos à nossa actividade dominical predilecta: caçar árvores.



Voltámos aos Canhestros, lugar do concelho de Silves, onde se situa um sobreiro classificado com cerca de 200 anos, classificado desde 2001. O nosso objectivo foi obter um conjunto de medições que não nos tinha sido possível completar aquando da primeira visita.



As medidas obtidas para este belo sobreiro foram as seguintes:



Altura = 12,5 metros


Perímetro à altura do peito = 4,62 metros


Maior diâmetro da copa = 19,1 metros




P.S. - Não percam ainda esta semana a revelação de uma oliveira fabulosa!


sábado, janeiro 26, 2008

Selva urbana

Os jacarandás (Jacaranda mimosifolia D. Don) do Rossio (Lisboa, Dezembro de 2007)


Uma excelente iniciativa que nos chega da vizinha Espanha: safaris urbanos como forma de dar a conhecer a biodiversidade existente nas cidades (incluindo o respectivo património arbóreo); uma iniciativa do Instituo Jane Goodall denominada Biodiverciudad.

Roads

ST na América, Dezembro de 2007

Bom fim-de-semana.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Crimes sem castigo...






Local do crime: (arredores de) Valença, Portugal, (supostamente na "Europa civilizada"...)

Autor do crime: desconhecido (?)

P.S - O Manuel chamou-me a atenção para mais crimes.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Um sonho tornado pesadelo

Tente visualizar um dos mais paradisíacos locais do Parque Natural da Serra da Estrela: o Covão d' Ametade. A fotografia seguinte dá-lhe uma ajuda...

O Covão d'Ametade na base dos Cântaros


Mas por mais fértil que seja a sua imaginação, decerto que não conseguiu imaginar um local como aquele que a próxima fotografia retrata...

O Covão d' Ametade e o rio Zêzere - Fotografia Estrela no seu melhor


No entanto, estou cansado de pensar sobre aquilo que poderia tornar ainda mais aprazível e perfeito este local? Hum, já sei...é claro: uma concentração de motos*! Barulho, monóxido de carbono e lixo! Perfeito...

Teríamos tudo para um turismo sustentado, de qualidade e que preservasse os valores naturais e culturais deste parque natural. Se ao menos alguém se lembrasse de organizar uma iniciativa destas...

Pois é...o problema de formular um desejo é que ele se pode tornar realidade! (Ler mais pormenores no blogue Estrela no seu melhor).



Agora a sério: e se, para variar, se cumprissem as leis de conservação da natureza que presidiram à criação do Parque Natural da Serra da Estrela? Só por uma vez. Só mesmo para variar, cumprir-se a lei. Eu sei que é uma ideia radical mas até era capaz de ser giro!....



* O problema não está especificamente em ser uma concentração de motards. Uma pessoa que conduza uma mota não é, por esse facto, mais ou menos respeitadora do ambiente do que uma pessoa que conduza um automóvel; ou, dito por outras palavras, este acto seria igualmente condenável se se tratasse de uma concentração de jipes ou de utilitários.

Um exemplo como tantos outros...


Esta história passou-se em Valença mas, sejamos honestos, poderia ter-se passado em qualquer outra localidade do nosso país.


Um construtor civil decidiu por auto-recriação ocupar terreno que não era seu, no decurso da construção de um prédio.

O resultado é o que está à vista nestas fotografias. O destino dos plátanos é mais que certo!...




Dirão alguns, com alguma razão, que se trata de um conjunto de árvores deformadas por (sucessivas) podas mal conduzidas. Sim, é verdade!...Mas não é isso o que aqui está em causa; o procedimento do construtor civil teria sido o mesmo ainda que se tratasse de um conjunto de árvores classificadas.




Asseguraram-me fontes seguras que, a posteriori, o construtor civil terá tentado permutar uma outra parcela de terreno com a autarquia local, como forma de compensar a ocupação ilegal de espaço durante a construção do imóvel.



Desconheço a decisão final da autarquia perante este caso. A demolição do edifício argumentarão alguns, seria uma medida demasiado radical (num país onde cumprir as leis é talvez a coisa mais radical que se me ocorre neste momento!...). Mas se por uma vez as leis fossem cumpridas e estes mamarrachos demolidos, duvido que outros tentassem a mesma sorte...

terça-feira, janeiro 22, 2008

Duas breves notas sobre árvores...

- "Descobri" um blogue (Tudo de novo a Ocidente) que se dedica, entre outras coisas, a divulgar as árvores monumentais do concelho de Sintra, como esta, esta ou ainda esta alameda.

- O "Público" na sua edição de 21 de Janeiro último, noticia que a empresa espanhola Maderas Nobles de la Sierra de Segura, S.A. terá decidido alargar ao nosso país a campanha Responsarbolidad, com a plantação das primeiras árvores no próximo mês de Abril; os objectivos desta campanha visam alcançar um total de 100 milhões de árvores plantadas na Península Ibérica.
Esta empresa esteve na origem da constituição da Fundación + Árboles que, entre outras iniciativas, foi a responsável pela realização no passado dia 27 de Junho em Barcelona, do 1º Encontro Internacional dos Amigos das Árvores.

Viagens V

Freixo (Fraxinus angustifolia Vahl) - Boidobra (Covilhã)

Regresso hoje às viagens entre a Covilhã e o Algarve e às árvores que marcam a paisagem.


Abeto de Douglas ou pseudotsuga [Pseudotsuga menziesii (Mirb.) Franco] - Boidobra (Covilhã) - (ampliar de modo a visualizar a Juliana que serve de "escala" para a fotografia)


À saída da Covilhã* situa-se a freguesia da Boidobra, onde algumas quintas tentam sobreviver ao avanço da cidade que, à custa do abandono do centro histórico, se instala na periferia.

(*...ou à chegada consoante o sentido da viagem).

Nesta freguesia, para além das galerias de amieiros, chamam-me a atenção duas árvores: um freixo (Fraxinus angustifolia Vahl) de bom porte, que cresce isolado junto à N18** e, sobretudo, um belíssimo exemplar de pseudotsuga [Pseudotsuga menziesii (Mirb.) Franco].

(** Do lado oposto às obras embargadas do loteamento da Quinta do Freixo).

Veremos o que o futuro guarda para estes potenciais gigantes. No caso de freixo, preocupa-me que o mesmo seja abatido para lenha, já que estando isolado não vislumbro o perigo de uma poda. Por outro lado, e como se viu em terrenos vizinhos, o facto de estarmos perante terrenos de potencial agrícola não é nenhum seguro contra o avanço de alguma urbanização.

No caso particular da pseudotsuga, e pelo facto de ser a estrutura mais alta na zona, preocupa-me que funcione acidentalmente como pára-raios e que, deste modo, acabe carbonizada em virtude de algum relâmpago.

Abeto de Douglas ou pseudotsuga [Pseudotsuga menziesii (Mirb.) Franco] - Boidobra (Covilhã)

domingo, janeiro 20, 2008

O Inverno a sul...

Washingtonia robusta H.Wendl.

(...) convoca em nós a mais profunda das melancolias...O triunfo da preguiça. (É Domingo no mundo).

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Prenúncios...

Amendoeira [Prunus dulcis (Mill.) D. A. Webb] em floração


Timidamente, na semana passada, comecei a ver as primeiras amendoeiras a acordar do sono invernal que, no Algarve, é sempre um ligeiro passar pelas brasas...

Estes últimos dias estão a despertar as mais preguiçosas e, com a continuação desta quase Primavera, em breve teremos um Algarve pintado de branco.



P.S. - Algumas notícias com árvores:


- A Júlia chama-nos a atenção para a contradição entre as podas radicais praticadas nas árvores situadas em recintos escolares e o dever que a Escola deveria ter na educação ambiental (temática que, no ano passado, me levou a escrever este texto).


- Via Ecosfera cheguei a esta notícia da RTP, a qual dá conta da plantação no passado ano, no concelho de Évora, de mais de 1000 árvores.

E passo a explicar porque é que notícias como esta (ou como esta e esta) não me causam grande entusiasmo: por um lado, grande parte destas árvores acabará, ao fim de alguns anos, por sofrer o tratamento da poda radical tão comum nas cidades portuguesas; por outro, como neste caso de Évora, são utilizadas espécies invasoras ou com grande potencial invasor, como é o caso das conteiras (Melia azedarach L.). (porque ninguém nasce ensinado, não seria altura dos serviços de jardinagem das câmaras municipais serem informados das espécies catalogadas como invasoras ou potencialmente invasoras?)


- Finalmente, via Ondas 3 chega-nos a notícia de uma praga florestal de contornos preocupantes, nos EUA.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Nova espécie de palmeira descoberta em Madagáscar

Tahina spectabilis - (fotografia: Royal Botanic Gardens, Kew)

Hoje vou dormir um pouco mais feliz: a história de descoberta de uma nova espécie de palmeira (Tahina spectabilis) em Madagáscar (ler todos os pormenores no Ecosfera ou, em inglês, nas páginas dos Royal Botanic Gardens*).

*O início do texto é pura poesia: "A gigantic palm that flowers itself to death..."

A lenda do freixo de terras de Idanha

Freixo (Fraxinus angustifolia Vahl)

"(Ao freixo) está associada uma conhecida lenda da região: o visigodo Vamba andava a lavrar quando os enviados da corte lhe comunicaram a sua sucessão no trono a Recesvinto. Vamba retorquiu que só aceitaria ser rei se tal fosse a vontade de Deus, demonstrada se a vara que empunhava ganhasse raízes e se fizesse árvore. O milagre produziu-se, a vara tornou-se um freixo e Vamba foi rei.
No início do século XVI, Duarte d'Armas não se esqueceu de o reproduzir ao representar o conjunto das fortalezas de Monsanto e Idanha-a-Velha. E assim, a lenda fez durar a árvore mais do que a natureza o permite, uma vez que os freixos raramente ultrapassam os três séculos de existência."

Adufe, revista cultural de Idanha-a-Nova (n.º 11, Julho/Dezembro 2007)

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Um cheiro a Mediterrâneo no coração do Minho

Sobreiro (Quercus suber L.) - Santa Marta das Cortiças (Braga)

O monte de Santa Marta das Cortiças ou da Falperra (Esporões, Braga), apesar de cercado de eucaliptal, apresenta um dos maiores núcleos de sobreiros que conheço nesta zona do Minho.

Aqui abandonados, sem qualquer indicação, muitos por certo se julgariam em terras bem mais meridionais...

Sobreiro (Quercus suber L.) - Santa Marta das Cortiças (Braga)

terça-feira, janeiro 15, 2008

Árvores Monumentais do Algarve e Baixo Alentejo




É oficial, vou deixar de ter vida social! Como, apesar da escrita da Sombra Verde e do Capitão Rolhão, ainda conseguia ter meia hora livre por noite, decidi ocupá-la e, deste modo, boicotar a pouca vida que ainda tinha sem estar sentado em frente a um computador.




Deste modo, a partir de hoje, estou ligado a um terceiro projecto na blogosfera: Árvores Monumentais do Algarve e Baixo Alentejo. Qual é o objectivo deste blogue, que criei em conjunto com o meu colega "caçador de árvores" Miguel Rodrigues?



Não pretendo duplicar a informação da Sombra Verde mas apenas centralizar, num novo espaço, a informação relativa às árvores monumentais (classificadas ou por classificar) dos distritos de Beja e Faro.

O objectivo primordial deste projecto é a publicação de uma obra escrita, na qual comecei já a trabalhar com o Miguel, e que retrate este património arbóreo em grande parte ainda desconhecido da generalidade das pessoas.


O objectivo do blogue Árvores Monumentais do Algarve e Baixo Alentejo é publicitar este projecto e, em simultâneo, apelar à participação de todos os interessados, que para tal nos poderão enviar a informação relativa a exemplares arbóreos que considerem ser merecedores de divulgação (para tal, existe no blogue, um impresso específico que poderá ser preenchido e enviado por correio ou e-mail).


Este novo espaço na blogosfera não compromete os desígnios da Sombra Verde, que continuará a ser um espaço dedicado sobretudo às árvores e a outras questões ambientais, em particular no que concerne aos problemas específicos do Parque Natural da Serra da Estrela - tal como consta da Declaração Inicial.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Os ulmeiros da minha infância

Ulmeiros (Ulmus minor Miller) - Guarda

Estes enormes ulmeiros (Ulmus minor Miller)*, onze no total, situam-se junto ao quartel da GNR e do Teatro Municipal da Guarda (TMG), bem no centro da cidade, formando uma alameda de elevado impacto visual.

* Em certa literatura, a espécie continua a ser referida como Ulmus procera Salisb.

A silhueta destes ulmeiros marca o perfil da zona alta da Guarda, sendo bem visíveis mesmo nos arredores da cidade, nomeadamente do lado nascente.

Na cidade da Guarda, para lá dos disparates habituais nas urbes nacionais no que concerne a podas, existem belos exemplares arbóreos, como os que se situam na Cerca do Hospital Sousa Martins (e que, pela sua importância, merecem um destaque particular).

No entanto, estes ulmeiros têm para mim um valor sentimental inigualável, por serem as árvores que eu admirava das janelas da casa dos meus tios quando, na minha infância, passava o Natal na Guarda.

Independentemente destas considerações mais emotivas e pessoais, estamos perante um conjunto arbóreo que merece ser preservado e classificado, assim queiram as gentes da mais alta das cidades portuguesas.


Ulmeiros (Ulmus minor Miller) - Guarda


domingo, janeiro 13, 2008

Recordações...

Nespereira [Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.] - Donas (Fundão)


Não conheço muitas pessoas que gostem de nêsperas, ainda menos de nespereiras. Eu gosto!...Nas nespereiras, desde pequeno, sempre me seduziu um certo ar exótico que conferem à paisagem.

E depois há também uma certa culpa da minha mãe em todo este processo; porque há sempre uma explicação para certos hábitos, como o de por sementes na terra...E foi assim que tudo começou há uns anos, quando a minha mãe pôs uns caroços de nêsperas na terra.

As sementes de nespereira germinam com alguma facilidade e as plantas não se fazem rogadas para crescer. Passado pouco tempo, a nossa varanda passou a ostentar algumas nespereiras que lhe conferiam o tal ar de exotismo, enquanto as nêsperas despertavam a atenção de quem passava na rua.


Nespereira [Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.] em floração

Surgiram-me estas memórias quando no outro dia descobri nas Donas, arredores do Fundão, uma nespereira de dimensões assinaláveis, senhora de uma densa copa.

E também pela observação dos contrastes no ritmo da Natureza. A Norte as nespereiras estão ainda em flor, enquanto a Sul, em especial no Algarve onde a espécie é bastante frequente, as futuras nêsperas são já bem visíveis.

Nespereira [Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.] - em fase de frutificação

sábado, janeiro 12, 2008

E se plantar uma árvore se tornasse uma actividade familiar?

O Covão d'Ametade e o seu pequeno bosque de bétulas (Betula sp.) - base dos Cântaros: o Magro (à esquerda na foto) e o Gordo (à direita)


Um desejo do blogue Zacarias: que a plantação de árvores seja uma experiência partilhada por pais e filhos, por professores e alunos ou, simplesmente, por amigos.
Neste texto, deixa-nos alguns conselhos sobre a plantação de árvores e convida os leitores a que enviem uma fotografia que ilustre esse momento.



Larícios (Larix decidua Miller) no Inverno - Serra da Estrela


P.S. - Do Diário do Ambiente chega-nos esta notícia que passo a resumir: o Clube Automóvel de Vila Real (CAVR) e a autarquia local decidiram retomar a realização de corridas automóveis no perímetro urbano desta cidade transmontana.
O vereador Domingos Pinto anunciou que serão plantadas no perímetro florestal de Vila Real, cinco árvores por cada piloto participante, de modo a compensar a libertação de gases poluentes; o que pelas contas da organização dará um total de cerca de 1000 árvores.

Esperemos que o custo/benefício valha a pena; recorde-se que estas corridas tinham sido interrompidas em 1991, devido a um acidente que provocou a morte a três pessoas.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Porquê este ódio aos plátanos?
















Este verdadeiro "museu dos horrores" foi fotografado por Miguel Rodrigues, na Galiza (em Tuy e Tomiño).



O mal dos outros nunca me consolou e, por este motivo, saber que em Espanha se exercem igualmente este tipo de práticas sobre as árvores, não me faz menos infeliz. Gostava apenas de compreender, ainda que por segundos, o que se passa no interior das mentes que ordenam e executam estas acções.
Existe o costume de dizer que os espanhóis são os "nuestros hermanos"; de acordo, mas não precisamos de copiar as asneiras uns dos outros, pois não?